Deitada na cama
à espreita me olha
de lábios abertos vermelhos
e fruto molhado
Grelo a espera do toque
No tom branco da sua pele
vejo o infinito que corre ao encontro
esqueço o que possa ser tempo
e me acabo
estrangulando o desejo
e o pouco que sou
Deitada na cama
à espreita me olha
de lábios abertos vermelhos
e fruto molhado
Grelo a espera do toque
No tom branco da sua pele
vejo o infinito que corre ao encontro
esqueço o que possa ser tempo
e me acabo
estrangulando o desejo
e o pouco que sou
Na linha do horizonte
infinita
belo monte rosa carne
nasce sol
Morro
entre teus lábios
Caudalosas tuas águas
que desaguam em minha língua
Desbravo a mata
e mato meu desejo
Deito-me em paz ao teu lado
e escuto o som do mar
em tua concha em êxtase