em teus seios pequenos meu mundo
cresce
e se acolhe
em teu sorriso gostoso
amor que o tempo tece
leitoso eu em tua boca
despejo
corpos entre beijos
noite que amanhece
foto: @Porp_s
entro pelos pelos
penetro
apelo pela pele
cabelos como é bom
tê-los entre os
lábios entre os
dedos entre os
corpos entre
nós
nus
Nanda Costa na revista Playboy 08/2013
A peludinha mais linda e gostosa do Brasil!
sussurra...
tua voz tem o som que me excita
e exercita sobre mim certo domínio
fenômeno que me fascina
tua voz feminina gemida
grunhida ao final do gozo...
um quarto de dia num quarto
a tarde...
ainda tenho
teu cheiro pelo corpo
na boca o teu gosto
na lembrança teu dorso
na pele a marca que arde
Façamos de novo
mais tarde
pelas tardes
em mais quartos
de dias
por dias
Nus nós nos
Unimos e nos
Perdemos...
Nau na noite
Zunimos
Ninguém
Nada
Por perto
Do porto
Náufragos numa ilha
A desfrutar das maravilhas
Dos corpos celestes
As três Marias
Assistem nosso brilho
Mania de olhar os amantes
Peça peça peça
Que, sem pressa
Peça por peça
Por puro prazer
Pô-la-ei em pelo
Você travessa acesa
Acessa eu sisudo
Sinuosa soma perfeita
Em pleno palco
Ao cair do pano
Apareceremos puros
Em pura prática
Suados em cena
Não há o que impeça
Que o ato final de nossa peça
Nunca chegue ao fim...
Com toques íntimos e
Beijos em lugares
Hediondos
Enganamos os anjos
Mudamos os valores
E estupramos a Moral
No tribunal dos puros
Pela (in)justiça dos olhares
Fomos condenados
A prisão
Perpétua
Algemados
Pagaremos à pena
Trancafiados
Gozando
Nosso mundo
Puxo pela crina
A égua relincha tremula
Em seu lombo
Dito o ritmo
Frenético libido
Pelas horas cavalgamos...
Assim ela
Faz
Eu cavaleiro
Com o prazer
Morto
Velado choramos
Abraçados
Pelo leite
Derramado
Tadinho do pintinho
Vinha ciscando o chãozinho
Arrastando os pezinhos
Bicando as migalhinhas
Distraído, caiu num buraquinho
Escuro e apertadinho
Botava a cabeça para fora
Escorregava para o fundo
Botava a cabeça para fora
Escorregava denovo
Botava a cabeça para fora
Escorregava...
Assim, ficou suado
O que o favoreceu
Pois o barro amoleceu
Ele saiu (todo melado)
Cansado
Caiu de lado
Descansou deitado
Depois, renovado
Pensou “foi bom esse buraco
Me deixou forte, animado!”
E ele agradece o que aconteceu
Porque depois dessa experiência
Com imponência
O pinto cresceu!
Criança atrevida
Brinca com a minha boca
Que ri vermelha
Sussurra
Sobe pelas minhas paredes
Toca-me lá
Certeiro
Alvo alvo e róseo
No sobe e desce
Do nosso carrossel
A música do corpo
Tinge os olhos de brilho
Gira, gira sem parar
Até o fim do nosso infinito
O grito sai
No íngreme
De nossa montanha russa
O coração bate alegre
Como a banda do circo
Sob a lona
O picadeiro é só nosso
Saliva noturna
Oportuna
Tropeira lã negra
Alaga a galope
Só lido sólido
Égua brava, acalma a tapa
Crina crua crema o creme
Mata-me agora, por favor...
De quatro ela se põe
Com seios, encostada
Na cama, arrebitada
De desejo, molhada
Na ânsia de senti-lo
Com ardor, firme
Pele na pele
Arrepiada e quente
Ela quer mais, quer
Sentir tudo e todo
Multiplicar o gozo
Inundar o fosso
Pleno prazer fêmeo